Os atos antidemocráticos do 7 de Setembro comandados pelo presidente Jair Bolsonaro impactaram o mercado financeiro e elevaram a preocupação do setor produtivo. Reportagem do Globo informa nesta quinta-feira (09) que executivos e associações avaliam que a tensão entre os Poderes dificulta a atração de investimento e a aprovação de reformas. “Em resumo, deixa o país mais longe da retomada”, destaca o jornal.
A reação geral entre empresários é de cansaço com as crises em série, e o pedido do setor é por um ambiente de estabilidade. Na lista de problemas, a tensão institucional se soma à escassez de matérias-primas, à crise hídrica e aos efeitos da pandemia.
“A imagem do país já não é boa, esses últimos eventos criam maiores preocupações em nossas matrizes”, afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, a associação das montadoras.
“Bolsonaro puxou demais a corda, a ponto de que pode não ter volta. Isso tira o foco da agenda de reformas”, diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast, do setor de plásticos, e vice-presidente da Fiesp. .
As manifestações colocaram de vez a corrida eleitoral na agenda do mercado financeiro, afirma o economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani. “Política será tema dominante no mercado até 2022”, diz. Ele avalia que a perspectiva para os ativos financeiros é negativa.
Carlos Carvalho, da Kínitro Capital, concorda que a antecipação da disputa eleitoral prejudica os negócios: “Já é eleição na Faria Lima. E isso é péssimo”.
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