Um homem em situação de rua morreu, na tarde de quarta-feira (30), após passar mal na rua Presidente Kennedy, no centro de Eunápolis. Marcos Paulo Silva Santos, 37 anos, era natural de Almenara (MG) e vivia nas ruas de Eunápolis há cerca de um ano. Segundo informações, ele era jogador de sinuca profissional e tinha familiares que são comerciantes.
Outras pessoas em situação de rua contaram que Marcos se sentiu mal pela manhã e foi até o Hospital Regional. Depois de receber atendimento médico, ele retornou para a rua Presidente Kennedy, quase em frente ao antigo hospital maternidade, onde costumam ficar pessoas em situação de rua. No início da tarde, ele voltou a passar mal e acabou morrendo.
O Samu e a Polícia Militar foram acionados, mas quando o socorro chegou, foi verificado o óbito. Como o médico não constatou sinais de violência no corpo, considerou que a morte foi, possivelmente, por causas naturais.
A Assistência Social de Eunápolis já localizou familiares de Marcos Paulo em Almenara. Eles se deslocam para a cidade baiana com a finalidade de preparar os trâmites para o translado do corpo.
FALTA DE COMUNICAÇÃO FEZ CORPO FICAR HORAS NA RUA – O corpo de Marcos permaneceu em via pública, sem a presença de qualquer autoridade policial ou municipal, por quase três horas. Depois de confirmada a morte, a Polícia Militar e o Samu foram embora alegando que não poderiam remover o corpo.
A Polícia Civil e o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) no município só foram informados sobre a ocorrência por volta das 15h30. A polícia enviou ao local um agente para registrar a ocorrência e, como não se tratou de morte violenta, iria acionar o SVO para que o município fizesse a fazer remoção do cadáver.
Ao ser notificado do fato, o município mandou uma equipe de Guarda Municipal para preservar o local.
MORTE NATURAL EM VIA PÚBLICA – De acordo com a “Cartilha de Orientação às Famílias em Luto”, da Defensoria Pública do Estado da Bahia, quando ocorre uma morte natural na rua (em via pública), a polícia deverá ser chamada para registrar a ocorrência.
Nos casos de SVO, a Polícia Civil vai ao local com uma equipe da Secretária de Saúde Municipal e, verificando que não há vestígio de violência no corpo, a prefeitura assume o caso e faz a remoção do corpo. O município tem convênio com uma funerária que faz esse serviço e também o sepultamento, caso o corpo não for reclamado pelos familiares. Cabe à Polícia Civil fazer uma ocorrência não delituosa noticiando o fato.
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