Preocupada com a “escalada de violência política” em Eunápolis, a prefeita Cordélia Torres esteve na sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, em Salvador, no dia 10 de maio, para denunciar a situação. De acordo com a prefeita, um dos motivos da tensão política na cidade é o fato de sua gestão ter tomado medidas de moralidade administrativa que contrariam interesses econômicos e políticos em Eunápolis.
VEREADOR ARMADO – No início deste mês, episódios de violência foram registrados nas dependências da Câmara Municipal de Eunápolis. No dia 3, o vereador Adriano Cardoso (Solidariedade) teria sacado uma arma de fogo contra o presidente da Casa, José Maécio (PP), além de quebrar uma cafeteira e uma mesa de vidro. O fato teria sido presenciado pelo assessor Jurídico da Casa, Fabrício Bezerrão, e relatado a parlamentares.
Adriano Cardoso foi denunciado pelos vereadores Arthur Dapé (UB), Carmen Lúcia (PSD) e José Carlos dos Taxistas (UB), que registraram um boletim de ocorrência por “ameaça” e “provocação de tumulto”.
AGRESSÃO CONTRA SERVIDORA – A servidora pública municipal Soraia Veríssimo Oliveira também denunciou ter sido agredida fisicamente dentro da Câmara Municipal, no dia 4 de maio. Conforme boletim de ocorrência registrado por ela, o agressor seria um policial militar, que teria proferido palavras ofensivas à servidora e à prefeita Cordélia.
SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES DA CÂMARA – Também no dia 4 de maio, o juiz substituto da Vara do Trabalho de Eunápolis, Jeferson de Castro Almeida, determinou a imediata suspensão das atividades profissionais dentro da Câmara Municipal. Segundo o magistrado, a medida teve como finalidade assegurar a vida das pessoas que circulavam na Casa, incluindo os servidores e vereadores.
A suspensão das atividades do Legislativo foi revogada após o presidente da Casa adotar medidas para garantir a segurança no local. Entre elas, a abertura de licitação para a contratação de empresa de segurança patrimonial e aquisição de detectores de metais.
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