Aproximadamente 16.500 filhotes de tartarugas marinhas chegaram ao mar na temporada 2018-2019. Isso é o que demonstra o monitoramento realizado ao longo de 35km de litoral no Sul da Bahia. O monitoramento é feito durante todo o ano pela consultoria especializada CTA Serviços em Meio Ambiente (CTA). “É um número bastante significativo”, comemora Tarciso Matos, coordenador da área de Meio Ambiente e Licenciamento da Veracel, indústria de celulose baiana.
O anúncio do resultado veio acompanhado de outros bons registros: ao todo, foram 340 ninhos e 27 mil ovos. Desses, dez mil ovos não vingaram. “Sempre contabilizamos algumas perdas de ninhos por predação animal, avanço da maré, entre outros,” lamenta Matos. Entretanto, algumas ações preventivas como colocar telas de arame para proteção em torno do ninhos, transferência dos ninhos das áreas com risco de erosão marinha para áreas mais seguras, entre outras, vem sendo adotadas pela CTA para proteger os ninhos.
Para Wilson Meirelles, coordenador do programa de monitoramento da CTA, o número das ocorrências reprodutivas mostram que as tartarugas continuam usando a região para desovar, um processo que se repete de três a seis vezes no mesmo ano. “Com base no histórico da região, o comportamento das fêmeas segue padrão semelhante ao observado nas últimas temporadas reprodutivas”. Além disso, complementa Meirelles, o aparecimento de desovas das espécies oliva (Lepidochelys olivacea) e da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), que concentram as ocorrências reprodutivas principalmente nos estados de Sergipe e Rio Grande do Norte, reforça a necessidade de proteção no litoral Sul da Bahia.
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