Eunápolis poderá ter uma unidade policial voltada ao atendimento de mulheres vítimas de violência. O anúncio foi feito pela delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, durante visita feita à 23ª Coorpin, na quarta-feira (06). Por causa da restrição orçamentária, ela diz que pode ser implementada no município uma Nean, que é um núcleo com a mesma estrutura de uma delegacia de atendimento à mulher, só que com um efetivo um pouco menor e que não precisa de lei para ser criada.
No entanto, a implantação de um espaço voltado ao atendimento à mulher esbarra na falta de efetivo policial para compor a equipe desse novo núcleo. Por isso, a delegada-geral aguarda a realização de concurso público, já autorizado pelo governador Rui Costa, para a contratação de mil novos servidores policiais, sendo 150 delegados, 150 escrivães e 750 investigadores de polícia.
Apesar de a criação de uma unidade de atendimento à mulher ser prioridade, Heloísa Brito não descarta a implementação, também, de uma Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHP) em Eunápolis. O que igualmente depende da contratação de novos policiais para integrarem a equipe dessa nova delegacia.
Outra novidade anunciada foi a implantação do PPE, ou procedimentos policiais eletrônicos, no qual o registro de ocorrências e o inquérito são feitos no próprio sistema de ocorrências. Esse produto final será remetido ao judiciário também através do sistema.
Com o PPE, um delegado de Eunápolis poderá ter acesso às informações existentes em outros nove estados que também utilizam esse sistema, além de realizar buscas em todos os sistemas do governo federal que a Polícia Civil tem acesso. O PPE já está na fase de treinamento e em breve estará sendo utilizado em todas as delegacias de polícia de Eunápolis.
O delegado Moisés Damasceno, coordenador da 23ª Coorpin, enfatizou a implementação do PPE em Eunápolis. “De certa forma, é uma nacionalização do banco de dados de ocorrências policiais”, afirmou.
Durante o encontro, a diretora do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Rogéria Araújo, destacou as prioridades desta gestão, como a valorização dos servidores e a interiorização da Academia da Polícia Civil. “Procuramos saber quais as necessidades e dificuldades das unidades do interior para melhorar as investigações e conseguir, com isso, reduzir os índices de violência e criminalidade de cada ponto do Estado da Bahia”, afirmou.
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