Médicos do Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, acusam a administração do local de demitir um colega sem justificativa. Segundo reportagem do Bahia Notícias, parceiro do Radar News, uma carta, assinada por profissionais, atribuiu a demissão a uma perseguição da empresa IGH, responsável pela gestão da unidade.
“De maneira unilateral, arbitrária, opressiva e tirana, a atual administração do hospital, sob a gestão da empresa IGH, atingiu o ápice do desrespeito e da perseguição ao demitir um dos médicos mais antigos da unidade, o Dr. Vinícius Santos Ferreira”, diz trecho da nota, assinada pelo corpo clínico médico do hospital.
As irregularidades passariam por atrasos constantes no pagamento de salários, estrutura precária e falta de insumos e de equipamentos básicos, queixas recorrentes entre os profissionais. Na terça-feira (28), o médico Vinícius Santos Ferreira, que ocupava a direção do corpo clínico do hospital, foi não só retirado do posto, como demitido da unidade. Ele atribui o fato a críticas feitas à administração do hospital, que é o maior da região.
“Além dos constantes atrasos no salário, nós estamos lutando também por melhorias na assistência médica, o que passa por melhores equipamentos, abastecimento de insumos. Aqui, já tivemos falta de antibióticos, falta de coisas básicas como anti-hipertensivos, analgésicos adequados, fio de sutura”, relatou em entrevista ao Bahia Notícias na quarta-feira (29).
Segundo Ferreira, a justificativa para a demissão é que haveria uma reorganização da unidade, o que não o convence. “Trabalho desde 2013 no hospital e nunca houve nenhum problema, nenhuma queixa”, completa o médico, que pretende acionar a Justiça no caso.
ADMINISTRAÇÃO NEGA PERSEGUIÇÃO
O Instituto de Gestão e Humanização – IGH, empresa responsável pela administração do Hospital Luís Eduardo Magalhães, alegou que não há perseguição na gestão do hospital e que a demissão do médico Vinicius Santos Ferreira “trata-se apenas de uma não renovação contratual entre as partes”.
Em nota, a empresa agradeceu o trabalho de Vinicius e ressaltou que a rescisão de contrato diz respeito a uma “estratégia técnica” e “redimensionamento operacional”.
A empresa finalizou a nota afirmando “que não há qualquer repercussão negativa no contexto hospitalar, uma vez que trata-se apenas de uma não renovação contratual entre as partes” e que o quadro de funcionários não estará em desfalque.
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