A relatora especial da ONU tomou conhecimento sobre as ameaças sofridas pelos Pataxós, a realidade dos territórios indígenas da região Extremo Sul e a necessidade de demarcação dos espaços ancestrais para acabar com os conflitos causados pela disputa por terra. Durante a visita, ela foi presenteada pelo cacique Juari Pataxó com um cocar.
Mary Lawlor cumpre missão oficial no país até o 19 de abril, convite do governo brasileiro. A visita tem por objetivo ouvir e colher informações sobre o contexto nacional vivenciado pelas pessoas, movimentos e organizações sociais que lutam, protegem e promovem os direitos humanos no país. A relatora da ONU irá analisar até que ponto elas podem realizar seu trabalho livremente e sem medo.
Além da escuta dos povos Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe e Tupinambá, na Bahia, a missão inclui visita aos estados do Pará, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. A relatora especial se reunirá com autoridades e pessoas defensoras de direitos humanos, incluindo integrantes da sociedade civil, de organizações de base, povos indígenas, comunidades quilombolas, advogados e jornalistas.
NOVAS DEMARCAÇÕES – Durante o encontro na Reserva da Jaqueira, o militante social indígena, advogado e coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Dinamam Tuxá, adiantou que, no dia 19 de abril, quando se comemora o Dia dos Povos Indígenas, devem ser anunciadas pelo governo federal novas demarcações de terras indígenas, mas ele não soube precisar quais territórios serão contemplados.
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