A Veracel Celulose realizou, na manhã do último sábado (25), em Belmonte, o 18º Encontro Anual da Rede de Percepção de Odor (RPO), formada por 25 voluntários que residem em cidades e povoados no entorno da fábrica, localizada em Eunápolis.
O encontro aconteceu na Associação Lar da Menina e foi o primeiro presencial em três anos, devido à pandemia de Covid-19.
Criada em janeiro de 2006, a RPO é formada por moradores de nove comunidades do entorno da fábrica, que monitoram e comunicam à empresa eventuais registros de odor.
PIONEIRISMO – O diretor presidente da Veracel, Caio Zanardo, destacou que a fábrica foi pioneira no Extremo Sul da Bahia a adotar a RPO. “Conseguimos trazer a sociedade para entender mais as qualificações ambientais da Veracel e ser uma espécie de fiscal do nosso trabalho”, observou.
EVOLUÇÃO DE RESULTADOS – De acordo com o diretor Industrial da Veracel, Ari Medeiros, o que se percebe nesses 18 anos de rede é uma evolução constante dos resultados, ou seja, um decréscimo de odores na planta.
Segundo Medeiros, o programa se renova e se moderniza a cada ano. “Estamos saindo de uma Parada Geral de 20 dias, na qual foram implementadas várias melhorias no processo”, salientou.
MELHORIAS NO SISTEMA – O coordenador de Controles Ambientais da Veracel, Tarciso Matos, comemora os resultados. “No início do projeto, em 2006, recebemos 17 reclamações de odor. Em 2015, não houve qualquer registro de reclamação, um feito inédito, e em 2022, houve apenas uma reclamação”, comentou.
Para chegar a esse resultado, foram feitas várias ações corretivas ao longo dos anos, através de investimentos em melhorias no sistema de controle de gases.
VOLUNTÁRIOS – Para a voluntária Clélia Cardoso, de Itapebi, que atua desde a criação da rede, é perceptível a redução de ocorrências de odores ao longo desses anos. Ela admite que o cheiro desagradável incomodava as comunidades, gerando reclamação e, até mesmo, preocupação quanto à saúde. “Depois da integração da rede, explicamos que o cheiro não fazia mal à saúde e a comunidade se tranquilizou”, comentou.
EMOÇÃO – Na programação, além das palestras, o presidente da empresa, Caio Zanardo, e o prefeito de Belmonte, Bebeto Gama, falaram aos participantes do evento, entre eles, voluntários, diretores e colaboradores da empresa.
Um momento de grande emoção do encontro foi a apresentação do Coral de Flauta Doce, formado por crianças assistidas pelo Lar da Menina.
Após o evento, os participantes seguiram até da Filarmônica 15 de Setembro, no centro da cidade, contemplando o casario histórico tombado pelo Iphan. Durante o passeio, houve apresentação de orquestra.
FILARMÔNICA – Dando sequência ao roteiro, todos foram até a Filarmônica Lyra Popular, cuja sede fica localizada em um prédio com arquitetura do início do século 20.
Conhecida por executar axé em ritmo de orquestra, a tradicional filarmônica foi um destaque à parte. Até os executivos da empresa deixaram o protocolo de lado e balançaram, contagiados pela mistura de sons e ritmos.
O encerramento do evento foi marcado por um almoço de confraternização em um restaurante às margens do Rio Jequitinhonha.
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